Picanha, filé-mignon, alcatra e outros cortes ficaram mais baratos no mês
Preço da carne cai em março; inflação tem terceira queda seguida no ano
O preço da carne caiu 0,91% em março, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior queda desde novembro de 2021, quando tinha sido de -1,15%.
A queda no preço da carne, que já vinha ocorrendo antes, foi intensificada pelo embargo das vendas de carne bovina brasileira para a China, em 23 de fevereiro, por causa de um caso de mal de vaca louca no Pará.
Já o preço das carnes, individualmente, caiu 0,91% no período. As preteínas que mais tiveram queda de preço foram a carne de carneiro (-2,66%), o contrafilé (-2,04%) e a picanha (-1,43%). O IPCA-15 diz respeito ao período entre a última quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual, e é considerado uma prévia do IPCA final, que abrange o mês completo e é divulgado no mês seguinte.
Para o IPCA-15 deste mês, os preços foram coletados no período de 11 de fevereiro a 15 de março (e comparados com os preços vigentes de 13 de janeiro a 10 de fevereiro de 2023).
Preço da carne em março
Ao todo, o preço do item “Carnes” caiu 0,91% no IPCA-15, entre 11 de fevereiro e 15 de março.
-Carne de carneiro -2,66% no IPCA-15 de março
-Contrafilé -2,04%
-Picanha -1,43%
-Carne-seca e de sol 0.91%
-Carne de porco 1,31%
-Carne de porco salgada e defumada 1,16%
Preço da carne no ano
No acumulado do ano, no IPCA-15 de janeiro a março, o preço do item “Carnes” acumula queda maior, de 1,77%.
-Contrafilé -1,74%
-Carne de porco salgada e defumada -1,26%
-Carne de carneiro -1,04%
-Carne-seca e de sol -0,88%
-Picanha 0,12%
-Carne de porco 2,73%
China suspende embargo à carne bovina brasileira
O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que o governo chinês decidiu nesta quinta-feira (23) suspender o embargo à carne bovina brasileira. A decisão, segundo a pasta, foi tomada após reunião entre o ministro Carlos Fávaro e o ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa, Yu Jianhua, em Pequim.
As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro, após a confirmação de um caso classificado pelo governo brasileiro como “isolado e atípico” de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca. O registro foi feito em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).
“Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária vem trabalhando com transparência e tomando todas as providências necessárias conforme protocolo de importação internacional”, informou a pasta, por meio de comunicado.
“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, avaliou o ministro Carlos Fávaro, ao final do encontro, em Pequim.
*Com informações da Agência Brasil.
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