03 DE MAIO

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa: luta é constante em favor do jornalismo e da democracia

Constituição da República Federativa do Brasil é clara: desde 1988, a liberdade de imprensa é considerada um direito fundamental de todos os cidadãos

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2 de maio de 2023
Portal GCMAIS

Nesta quarta-feira (3), é celebrado o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Dia de apoio aos meios de comunicação que são alvos da restrição à essa liberdade, e também um dia de memória para aqueles jornalistas que perderam a vida em busca de uma história.

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa: luta é constante em favor do jornalismo e da democracia
Foto: Reprodução

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Só quem já sentiu o gosto da censura sabe o quanto ele é amargo. Nem sempre tivemos uma imprensa livre. Afinal de contas, liberdade ainda é uma expressão muito ousada quando o assunto é jornalismo profissional. A luta pelo pleno exercício da profissão permanece tão atual quanto nos períodos mais sombrios da nossa história.

História

Desde o primeiro jornal diário, o ‘Acta diurna’, criado em 59 antes de Cristo pelo então imperador romano Júlio César, o jornalismo desempenha um papel fundamental para populações do mundo todo. Durante esse período, sempre houve riscos para quem assumiu a difícil missão de informar. A história relata perseguições, cerceamentos, prisões, torturas… Mas o jornalismo resistiu a tudo isso.

No Brasil, o surgimento dos meios de comunicação não significou liberdade absoluta para noticiar. Foram diversos altos e baixos, desde o período da monarquia. Mas o jornalismo nacional só sentiu, de fato, o peso do estado na república, inicialmente quando o presidente era Getúlio Vargas.

O chamado Estado Novo, ditadura que iniciou em 1937, criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que dedicava parte de seus recursos à censura aos meios de comunicação. Nada (ou quase nada) escapava aos olhos atentos dos censores, que chegaram a proibir a veiculação de mais de uma centena de programas de rádio, além de músicas e inúmeras publicações e reportagens.

Luz na escuridão

O período sombrio para a imprensa livre chegou ao fim em 1945. Porém, menos de 20 anos depois, novas incertezas iriam surgir. O país passaria a ser comandado por militares. A censura, as agressões e perseguições foram comuns por mais de 20 anos. Porém, uma democracia estava prestes a nascer e, com ela, a esperança de uma imprensa livre.

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

A Constituição da República Federativa do Brasil é clara: desde 1988, a liberdade de imprensa é considerada um direito fundamental de todos os cidadãos. No Estado Democrático de Direito, essa garantia desempenha um papel de extrema importância, tendo em vista que ela aumenta o acesso à informação e também propicia o debate e a troca de conhecimento entre as pessoas.

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio, foi criado há mais de 20 anos pela Unesco com o objetivo de reforçar os princípios fundamentais da liberdade do jornalismo. A data ainda está longe de ser somente um marco festivo, pois é usada também para apoiar veículos de comunicação e profissionais que são alvos de censura, avaliar a liberdade de imprensa em todo o mundo e honrar a memória dos jornalistas que perderam a vida trabalhando em ambientes hostis.

Números

Um levantamento da ONG Repórteres sem Fronteiras mostra que o Brasil vive uma época “difícil” para a atuação dos profissionais da informação. O país está na 110ª colocação no ranking mundial de liberdade de imprensa. Ao longo da última década, por exemplo, pelo menos 30 jornalistas foram assassinados no país, o segundo mais letal da região neste período para jornalistas.

Blogueiros, apresentadores de rádio e jornalistas independentes que trabalham em municípios de pequeno e médio porte e que cobrem corrupção e política local são os mais vulneráveis, segundo o relatório. O assédio e a violência online contra jornalistas, especialmente contra mulheres, continuam a crescer. Mais recentemente, embates entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e jornalistas ajudaram a ampliar ataques coordenados com o objetivo de desacreditar a mídia, apresentada como inimiga do estado.

Confira a reportagem completa:

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