Um incêndio atinge uma empresa de óleo diesel localizada no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, desde às 13 horas desta quarta-feira (24). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou em um dos tanques onde fica armazenado o óleo e logo se alastrou pela parte administrativa da empresa e por outros tanques. A nuvem de fumaça provocada pelas chamas pode ser vista de vários bairros da Capital.
Cerca de 30 minutos após o início do incêndio, seis viaturas dos bombeiros chegaram ao local para debelar as chamas. No total, 30 agentes estão trabalhando para controlar o fogo. Por volta de 16h30, em entrevista à rádio Jovem Pan News Fortaleza, o comandante geral adjunto do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Maia, confirmou que o incêndio estava controlado, mas, que ainda era necessário fazer um trabalho de resfriamento do local.
“O fogo está controlado. O que a gente tem, neste momento, são constantes reignições, por isso estamos resfriando e acompanhando se novos focos podem voltar e se alastrar para outras edificações. Mas, o que podemos garantir é que o fogo está controlado”, afirmou o coronel Wagner Maia. A reignição é quando um fogo, já combatido e extinto, volta a aparecer devido às brasas e focos escondidos não encontrados no rescaldo.
Ainda de acordo com o coronel Wagner Maia, serão necessárias até quatros horas para a temperatura reduzir. “É uma área bem extensa e a nossa preocupação é não deixar que passe para as edificações. Só vamos sair daqui quando a temperatura baixar”, completou.
Incêndio em empresa derrubou muro de residência no Eusébio
A empresa que pegou fogo no Eusébio faz o reuso do óleo diesel de postos de combustíveis que não servem mais para consumo de veículos e que é usado, por exemplo, como lubrificante em motores de navios. Como é um material de alta combustão e que atinge temperatura elevada em contato com o fogo, os bombeiros precisaram utilizar, além de jatos de água, espuma de combate a incêndio.
“Na parte administrativa, utilizamos água. Mas, no óleo derramado e nos tanques, precisamos usar o agente extintor, um líquido gerador de espuma que age por abafamento onde parece o foco. É técnica mais viável. Com o fogo controlado, vamos ter mais mão de obra pra temperatura baixar”, explicou coronel Wagner Maia.
Antes de debelar o incêndio, o calor e o fogo derrubaram o muro de uma residência que fica ao lado da empresa transportadora de óleo. Foi através dessa abertura que os bombeiros tiveram acesso ao estabelecimento. Além dos bombeiros, equipes da Polícia Militar, Samu e empresa de energia estiveram no local.
Incêndios em residências em 2022 no Ceará
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) apagou 1.184 incêndios em residências no ano de 2022, em todo o Estado do Ceará. Como também, neste período, foram registrados 931 incêndios em residências unifamiliares e 253 em residências multifamiliares. Ainda conforme o balanço, em 2021, a corporação atuou em 1.020 ocorrências de incêndio em todo território cearense. Em 2020, foram 1.040 e, em 2019, 935 incêndios em residências.
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O Comando de Engenharia de Prevenção de Incêndio (Cepi) do CBMCE, reconhece como “residência unifamiliar” uma edificação com uma única unidade construída, enquanto “residência multifamiliar” quando mais de uma unidade (condomínio de casas ou apartamentos) é relacionada. Os óbitos, nesse tipo de ocorrência, ocorrem pela exposição às chamas, inalação de gases ou em decorrência de queimaduras.
A perícia é o método indicado para esclarecer as condições e os fatores envolvidos nas ocorrências de incêndio. Conforme o Anuário da Associação Brasileira de Conscientização para Perigos, em 2020, 80% dos incêndios residenciais foram provocados por curtos-circuitos na rede elétrica.
Eletrônicos como ventiladores e ares-condicionados estão no topo dos itens que mais ocasionam incêndios residenciais. Alguns dos outros itens da lista são: carregadores de celular, extensões elétricas, vazamentos de gás de cozinha, panelas esquecidas ao fogo e velas acesas no interior de residências.
Enquanto a maioria das causas dos demais incêndios tem relação com o gás de cozinha e seus acessórios.
O Corpo de Bombeiros orienta a população a realizar manutenção da rede elétrica uma vez a cada cinco anos, evitar ligar vários aparelhos no mesmo ponto da tomada e nunca carregar celular apoiado em sofá, cama, colchão ou travesseiros. É importante, ainda, retirar o celular da tomada após a carga completa e, ao sair de casa, desligar o registro do gás de cozinha e todos os equipamentos elétricos.
Quando se deve trocar o registro de gás?
Após cinco anos de uso, recomenda-se a troca do registro e da mangueira de gás, com o intuito de evitar possíveis vazamentos e riscos de acidentes. Orientamos que quem usa o gás de cozinha deve observar o período de troca do registro e mangueira por conta do prazo de validade.
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