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El Niño: fenômeno climático afeta chuvas no Ceará

El Niño: fenômeno climático afeta chuvas no Ceará

Foto: Governo do Ceará

O El Niño, fenômeno climático que ocorre no Oceano Pacífico Equatorial, tem impacto direto no Estado do Ceará, resultando em uma diminuição nas chuvas. Durante esse período, as águas aquecidas do Pacífico influenciam a circulação atmosférica, causando mudanças nos padrões climáticos em diversas regiões do mundo.

No Ceará, o El Niño provoca alterações na distribuição das chuvas, afetando principalmente a posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Essa banda de nuvens e chuvas, que circula a região equatorial da Terra, é responsável pela maior parte das precipitações na região Nordeste do Brasil, incluindo o Ceará.

Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), durante o El Niño, as águas quentes do Pacífico deslocam-se em direção ao leste, o que resulta em um deslocamento da ZCIT em direção ao sul. Essa alteração leva a uma concentração das chuvas em áreas mais ao sul do país, deixando o Ceará e outras partes do Nordeste com registros de chuvas abaixo da média esperada.

Essa diminuição nas precipitações durante o período de El Niño representa um desafio para a região, especialmente em termos de abastecimento hídrico e agricultura, uma vez que a falta de chuvas pode afetar negativamente as plantações e os reservatórios de água.

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A Funceme monitora os efeitos do El Niño no Ceará e fornece informações atualizadas sobre as condições climáticas, auxiliando no planejamento e na tomada de decisões em relação aos recursos hídricos e às atividades agrícolas.

É importante ressaltar que o El Niño ocorre periodicamente, e as mudanças climáticas globais podem influenciar sua intensidade e frequência. Portanto, compreender e monitorar esses fenômenos é essencial para uma gestão adequada dos recursos naturais e para o enfrentamento dos desafios impostos pelas variações climáticas.

“Região de mais aquecidas, ela acaba se tornando uma região de formação de grandes nuvens de chuva. Nesse sentido, as águas quentes acabam gerando um movimento na atmosfera, o movimento de ar subindo na região de formação dessas grandes nuvens de chuva, onde as águas estão muito quentes. Mas tudo que sobe tem que descer. Parte desse movimento de ar descendo acontece sobre a região da Austrália e parte sobre região Nordeste, sobre o Ceará esse ar descendo mais seco acaba dificultando o desenvolvimento das nuvens de chuva”, informou a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.

Ainda segundo a especialista, o fenômeno pode ter um impacto negativo na quadra chuvosa do Ceará. “Isso depende da intensidade desse fenômeno. Embora os modelos de previsão temperatura da superfície do mar já tem esse indicativo da configuração desse El Niño nesse segundo semestre e no começo do ano que vem, neste momento não dá pra afirmar a intensidade do fenômeno. Porém, vale a nossa atenção e preocupação e continuar acompanhando aqui o trabalho de monitoramento da FUNCEME”, concluiu Meiry Sakamoto.

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