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Desabamento do Edifício Andrea: pedreiro é absolvido e engenheiros vão a júri popular

Desabamento do Edifício Andrea: pedreiro é absolvido e engenheiros vão a júri popular

Foto: Reprodução

A Justiça do Ceará absolveu, nesta quarta-feira (1º), o pedreiro Amauri Pereira de Sousa, que foi um dos acusados pelo desabamento do Edifício Andrea em 15 de outubro de 2019. A tragédia resultou na morte de nove pessoas. Em seu posicionamento, a Justiça entendeu que o pedreiro não tinha conhecimento suficiente para prever que o trabalho feito nas colunas, sem uso de escoramento ou inspeção predial preliminar, provocasse a queda do prédio.

Com relação aos engenheiros civis, a Justiça entendeu que eles devem responder por homicídio duplamente qualificado, nove vezes, referente a cada uma das vítimas, e por sete tentativas de homicídio duplamente qualificado, referente aos moradores sobreviventes do desabamento do prédio. Diante disso, eles irão a júri popular.

Ao se referir à sentença dos engenheiros, a Justiça considera que há “existência de indícios suficientes de que eles podem ter contribuído para o desabamento do edifício”. Eles vão ter direito de recorrer em liberdade.

Os engenheiros responderão na Justiça pelos crimes de:

Desabamento do Edifício Andrea

O prédio residencial de sete andares localizado no Bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, desabou por volta das 10h30min, deixando nove pessoas mortas. Durante o período de salvamento, que durou 103 horas, sete pessoas foram resgatadas com vida pelos bombeiros.

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Quem são as vítimas que morreram no desabamento Edifício Andrea

  1. Frederick Santana dos Santos: Chamado de Fred, a vítima entregava água em um mercadinho próximo ao prédio que desabou. Deixou esposa e filha.
  2. Maria da Penha Bezerril Cavalcante: Penha, como era chamada, morava no 1° andar. Integrava a Legião de Maria na Igreja de São Vicente de Paulo. Deixa filhos.
  3. Izaura Marques Menezes: Avó de Fernando Marques, sobrevivente. A idosa era professora aposentada, mãe e esposa de duas vítimas.
  4. Antônio Gildásio Holanda Silveira: Pai de outra vítima da tragédia. Era viúvo, morava no prédio provisoriamente. Deixou dois filhos.
  5. Nayara Pinho Silveira: Era psicóloga, tinha 31 anos e teve o corpo resgatado por volta do meio-dia do dia 15 de outubro.
  6. Rosane Marques de Menezes: Assistente administrativa, mãe de Fernando Marques, sobrevivente da tragédia. Eles moravam no 3º andar do prédio.
  7. Vicente de Paula Menezes: Avô de Fernando Marques, sobrevivente. O idoso morava no 5º andar com a esposa Izaura. Veio para Fortaleza com parte da família depois de morar no Rio de Janeiro
  8. José Eriverton Laurentino Araújo: Cuidador dos idosos Vicente e Izaura, há 20 anos, estava no prédio na hora da ocorrência. Ele deixou esposa e filho.
  9. Maria das Graças Rodrigues: Era síndica do Edifício Andrea e morava no 5º andar do prédio. Ela estava no térreo na hora do desabamento.

Novo quartel do Corpo de Bombeiros

Um novo quartel do Corpo de Bombeiros é construído no espaço onde estava localizado o Edifício Andrea, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. A construção da estrutura teve início no fim de setembro do ano passado, após autorização publicada no Diário Oficial do Estado, no dia 12 de setembro de 2022. Segundo previsto, o investimento é de R$ 2,9 milhões do Tesouro do Estado com prazo de 20 meses para execução, a partir da ordem de serviço.

A companhia 15 de Outubro terá uma área construída 831 metros quadrados, dentro de uma área de 580 metros quadrados, dividida em três pavimentos e subsolo. O projeto inclui sistema de energia solar, cobertura verde, entre outros equipamentos. A estrutura vai permitir reforço operacional dos bombeiros na região dos bairros Aldeota, Dionísio Torres, Meireles, Varjota, Cocó, Guararapes, entre outros bairros adjacentes.

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