A África do Sul solicitou à CIJ medidas cautelares para interromper a campanha militar de Israel em Gaza
Bolívia manifesta apoio a denúncia da África do Sul contra Israel por genocídio
A Bolívia decidiu respaldar a denúncia feita pela África do Sul contra Israel, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), segundo a qual o país pratica genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. A posição foi tomada a partir de nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores da Bolívia.
A ação judicial da África do Sul – agora amparada pela Bolívia – foi formaliza em 29 de dezembro de 2023 e faz referência às violações, por parte de Israel, das obrigações da Convenção sobre Genocídio em meio ao conflito com o Hamas, na Faixa de Gaza.
No documento a África do Sul solicitou à CIJ medidas cautelares para interromper a campanha militar de Israel em Gaza. As audiências para discutir a denúncia, com representantes da África do Sul e de Israel, estão agendadas para esta quinta-feira (11) e sexta-feira (12).
O governo boliviano defende que a ação da África do Sul deve ser apoiada por toda a comunidade internacional. Segundo o comunicado, isso é fundamentado no relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que indica a morte de mais de 21 mil pessoas desde 7 de outubro de 2023, principalmente crianças e mulheres, evidenciando as ações desumanas de Israel.
A denúncia da África do Sul caracteriza os atos e omissões de Israel como genocidas, alegando que foram cometidos com a intenção específica de destruir os palestinos em Gaza, parte do grupo nacional, racial e étnico palestino mais amplo. Além disso, argumenta que a conduta de Israel viola suas obrigações sob a Convenção do Genocídio.
Por sua vez, o governo de Israel nega as acusações de genocídio, classificando a ação na Corte Internacional como “infundada”. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel responsabiliza o Hamas pelo sofrimento dos palestinos em Gaza, alegando o suposto uso de civis como escudos humanos, algo que o grupo palestino nega. Israel destaca seus esforços para limitar danos aos não envolvidos e permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Com informações da Agência Brasil
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