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Policiais militares envolvidos na tragédia de Milagres vão a julgamento

Policiais militares envolvidos na tragédia de Milagres vão a julgamento

Imagem: Polícia Civil

O juiz Otávio Oliveira de Morais, da Vara Única de Milagres, decidiu nesta segunda-feira (4) que 11 policiais militares irão a julgamento pela morte de cinco reféns e dois assaltantes durante episódio que ficou conhecido como tragédia de Milagres, na região do Cariri, em 2018. Além deles, outros dois agentes serão julgados por tentarem adulterar a cena do crime.

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No dia 07 de dezembro de 2018, policiais militares se deslocaram ao município para combater ação de quadrilha especializada em assalto a bancos, ocasião em que foi registrado confronto com os criminosos. Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), disparos efetuados pelos agentes teriam resultado na morte de cinco pessoas que haviam sido deixadas pelos assaltantes após o cometimento do crime.

Além disso, o MP sustentou que, durante a ação policial para a captura dos assaltantes, PMs teriam matado dois suspeitos de participarem do crime após eles terem sido rendidos. Na denúncia também consta que policiais removeram os corpos de reféns e apagaram imagens captadas por câmeras de segurança.

Os acusados

Os agentes José Azevedo Costa Neto, Edson Nascimento do Carmo e Paulo Roberto Silva dos Anjos serão julgados pelos homicídios qualificados de cinco reféns. Os PMs Leandro Vidal dos Santos e Fabrício de Lima Silva pelos homicídios qualificados de dois assaltantes que teriam sido mortos após rendição.

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Os policiais Alex Rodrigues Rezende, Daciel Simplício Ribeiro, José Marcelo Oliveira, João Paulo Soares de Araújo, José Anderson Silva Lima e Sérgio Saraiva Almeida também foram pronunciados pela participação na execução de um dos acusados de integrar o grupo criminoso.

A mesma decisão determinou que os policiais Abraão Sampaio de Lacerda e Georges Aubert dos Santos Freitas deverão ser julgados pela remoção dos corpos das vítimas reféns com a intenção de adulterar o local do crime.

Julgamento de PMs envolvidos na tragédia de Milagres

O juiz Otávio Oliveira de Morais destacou que estão presentes os pressupostos processuais e que o processo transcorreu sem nulidades, com plena observância do contraditório e da ampla defesa. O magistrado explicou que a fase de pronúncia “se destina a analisar a existência de prova de materialidade de crime doloso contra a vida e indícios de autoria suficientes para submeter os acusados a julgamento pelo Tribunal do Júri”.

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