Ele foi preso pela primeira vez no dia 12 de novembro, após agredir uma mulher em público
Delegado que agrediu mulher após briga de trânsito no Ceará é solto pela 3ª vez
O delegado afastado Paulo Hernesto Pereira Tavares, que foi preso por agredir uma mulher durante briga de trânsito no município de Aurora, no interior do Ceará, foi solto mais uma vez, após audiência de instrução criminal.
Ele foi ouvido junto a testemunhas sobre o caso, e acabou em liberdade após o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) considerar que ele deveria ser solto. Conforme a decisão, o juiz determinou a revogação da prisão preventiva do acusado, pontuando que os motivos que levaram à prisão não mais se sustentam, com a conclusão da instrução criminal do processo.
Em imagens que registraram a ação criminosa, o homem era visto em frente ao carro, após um acidente de trânsito, visivelmente alterado. No vídeo, que circulou nas redes sociais, ele aparece agredindo uma das mulheres, também envolvida no acidente, na frente de agentes policiais.
À época, o MP fundamentou pedido de prisão contra o homem por crime de embriaguez ao volante, lesão à mulher que aparece no vídeo e ainda lesão corporal a um adolescente de 16 anos e a um outro homem, além de ameaças e impropérios proferidos contra as vítimas e aos policiais militares que atenderam a ocorrência. Observou-se ainda que o autuado já é réu pelos crimes de embriaguez ao volante e violência doméstica e ainda é investigado pela prática de outros delitos (violência doméstica e prevaricação).
Paulo Hernesto já estava preso desde o dia 24 de novembro de 2023, suspeito de ter atuado para atrapalhar a investigação da polícia, manipulando testemunhas do caso. Ele já havia sido solto, em audiência de custódia, após uma prisão no dia 12, do mesmo mês, referente ao mesmo caso. O homem é investigado por crime de trânsito, ameaça e lesão corporal e estava descumprindo medidas cautelares impostas após as últimas solturas.
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Investigações sobre delegado que agrediu mulher no Ceará
Segundo as investigações, ele estaria assediando e coagindo testemunhas: “As tentativas de manipulação das testemunhas foram constatadas em áudios de WhatsApp. No requerimento pela prisão, por exemplo, ele interferiu na lavratura de atos oficiais de condução do flagrante. Diante dos fatos, o MP estadual representou pela prisão preventiva do investigado e pela suspensão integral de todos os acessos do agente de segurança aos sistemas policiais”.
A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) já havia comunicado ao Judiciário o descumprimento das medidas cautelares, que são:
- Proibição de se ausentar da Comarca que reside por mais de 8 dias;
- Recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana;
- Proibição de manter contato com vítimas, seus familiares e testemunhas;
- Não frequentar bares, festas ou casas noturnas;
- Proibição de atuar em qualquer investigação criminal em que configure, como investigados, as vítimas, as testemunhas ou policiais militares que participaram da ocorrência em que ele foi preso;
- Manter endereço e contato telefônico atualizados e atender a todas as convocações da Justiça.
No último dia 12 de novembro, o delegado foi preso em flagrante somente pelo crime de embriaguez ao volante, mas ele foi flagrado em vídeo batendo em uma mulher após uma discussão de trânsito. O homem foi solto, mas horas depois, no mesmo dia, o MPCE representou pela prisão preventiva por conta da gravidade dos fatos, e a Justiça acatou.
No entanto, no dia 13, ele foi solto novamente em audiência de custódia.
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