APÓS ENCHENTES

Gaúchos em Fortaleza se afligem com situação de parentes no Rio Grande do Sul

As fortes chuvas, que atingem o Rio Grande do Sul desde a sexta-feira (26), continuam causando mortes, prejuízos materiais e transtornos à população

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6 de maio de 2024
Portal GCMAIS

Após as fortes enchentes que tomaram cidades do Rio Grande do Sul, gaúchos que moram em Fortaleza têm acompanhado a situação com aflição, mantendo a comunicação com parentes que foram atingidos. Alguns deles ainda se mobilizam para enviar ajuda para o estado de origem.

Gaúchos em Fortaleza se afligem com situação de parentes no Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução

O comerciante Solimar Rossini é gaúcho, mas mora há mais de 20 anos no Ceará. Familiares dele continuam morando em Iputinga, pequena cidade de 5 mil habitantes, no vale do Taquari, área que foi gravemente atingida pelas enchentes. Arrasado com as ocorrências no Rio Grande do Sul, ele só conseguiu ficar um pouco mais tranquilo depois que soube notícias dos parentes.

“Tem pessoas no interior que são parentes de longe, que tiveram as casas invadidas por água, mas nenhum óbito. Amigos de futebol, que a gente jogou, foram atingidos, conhecidos da gente. É triste, né? Não é fácil a gente longe enfrentar tudo isso”, conta ele, ao falar com a equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza.

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Gaúchos em Fortaleza acompanham situação de parentes após enchentes

Luís Carlos Schröeder e a esposa também são do Rio Grande do Sul. Eles vieram morar em Fortaleza após a aposentadoria. Já os parentes ficaram, principalmente na cidade de Arroyo do Meio, bastante afetada pelas chuvas. Apesar da família estar bem, o casal conta que uma das filhas teve prejuízos altos.

“O mobiliário foi-se, a água entrou e levou, boiando na rua. Então eles estão bem, a outra filha não teve problema com água, os meus outros, os irmãos também não. Mas eles estão bem, estão em segurança, e isso que conforta a gente.”

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Enchentes

As fortes chuvas, que atingem o Rio Grande do Sul desde a sexta-feira (26), continuam causando mortes, prejuízos materiais e transtornos à população. O número de pessoas afetadas pelas consequências dos eventos climáticos, como alagamentos, deslizamentos, inundações e enxurradas só aumentam a cada novo balanço da Defesa Civil estadual.

Cerca de 235 cidades foram atingidas, totalizando mais de 350 mil pessoas afetadas de alguma forma. As chuvas deixaram estradas interditadas e afetaram também serviços como fornecimento de energia e telecomunicações. É difícil o contato com as pessoas que estão na região.

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“O contato é mínimo, mas ele existe. Se não todos os dias, sempre tem alguém que diz ‘olha, tá tudo bem, o pessoal tá bem, fique tranquilo, não tem problema nenhum'”, explica Luís Carlos.

Ajuda

Preocupados com a situação crítica que familiares, amigos e conterrâneos do Rio Grande do Sul enfrentam com as enchentes, alguns dos gaúchos que moram no Ceará se articularam para ajudar. A intenção é enviar mantimentos, roupas e material de higiene para a região afetada, com a primeira carreta saindo de Fortaleza nos próximos dias.

O material deverá ser enviado para o estado sulista na próxima semana, em um veículo da empresa do idealizador do projeto. Até lá, outros moradores da cidade podem contribuir também com suas próprias doações, incluindo alimentos, roupas, garrafas de água mineral e itens de higiene pessoal.

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As doações podem ser entregues na sede da FP Transportes e Logística, na Rua José Pereira 2, 635 – Paupina. Pode-se ainda solicitar que a doação seja recolhida em casa, por meio do telefone de contato (85) 98402.3736. Há ainda a possibilidade de doar valor em dinheiro via chave PIX, no endereço pixsolidariososrs@gmail.com.

“A gente tá precisando de alimento, de produtos não perecíveis. Até o dia 9, no caso, para o dia 10 a gente lotar mais uma carreta. Pode entrar em contato comigo no (85) 99979.7740, a gente recebe aqui no restaurante, a gente dá um jeito. Quem quiser ajudar com qualquer coisa que você tiver, é importante”, clama Solimar.

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