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Ex-policial condenado pela Chacina do Curió é indiciado nos Estados Unidos por fraudar visto

Ex-policial condenado pela Chacina do Curió é indiciado nos Estados Unidos por fraudar visto

Foto: Reprodução/Interpol

O ex-policial militar Antônio José de Abreu Vidal Filho, 30, envolvido na Chacina do Curió, e condenado a 275 anos de prisão, foi indiciado pela Justiça dos Estados Unidos por fraude no visto. Ele teria omitido o envolvimento no crime que deixou 11 mortos em Fortaleza quando fez o pedido do visto.

Natural de São Luís, no Maranhão, e atuando na Polícia Militar do Ceará (PMCE), o ex-policial foi preso pela polícia cearense devido o crime, cometido em 2015. Posteriormente, Antônio José conseguiu liberdade provisória para aguardar o julgamento em liberdade. Durante o andamento das investigações, ele se mudou do país e foi considerado desertor da Polícia Militar.

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Em agosto de 2023, Antônio José foi preso pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), nos Estados Unidos. Anteriormente, ele já estava na lista vermelha de procurados pela Organização devido à condenação pela Chacina do Curió.

O indício por fraude no visto se deu quando o ex-policial militar omitiu a participação na chacina, quando perguntado se já havia sido preso ou condenado no país de origem. Nos Estados Unidos, Antônio obteve diversas carteiras de motorista estaduais, um cartão de segurança social, documentos de viagem e autorizações para emprego.

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Com isso, Antônio José foi indiciado pela Justiça americana por dois crimes defraude de visto, dois crimes de perjúrio e um crime de falsificação, ocultação e encobrimento de um fato material.

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Ex-policial condenado pela Chacina do Curió, relembre o caso

Ocorrida em 2015, a chacina deixou 11 mortos. O crime aconteceu entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro. As vítimas foram mortas por policiais militares. Segundo informações do Ministério Público do Ceará (MPCE), os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, morto horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no bairro Lagoa Redonda. Seis policiais militares foram condenados e 14 foram absolvidos.

Confira a lista dos policiais condenados pela Chacina do Curió

  • Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
  • Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
  • Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
  • Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
  • José Oliveira do Nascimento: 210 anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de homicídio e tortura.
  • José Wagner Silva de Souza: 13 anos e cinco meses por tortura.

Os militares que foram absolvidos 

  • Antônio Flauber de Melo Brazil
  • Clênio Silva da Costa
  • Francinildo José da Silva Nascimento
  • Francisco Helder de Sousa Filho
  • Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes
  • Gerson Vitoriano Carvalho
  • Igor Bethoven Sousa de Oliveira
  • José Haroldo Uchoa Gomes
  • Josiel Silveira Gomes
  • Maria Bárbara Moreira
  • Ronaldo da Silva Lima
  • Thiago Aurélio de Souza Augusto
  • Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes
  • Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo julgamento.

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