Série é exibida dentro do Jornal da Cidade, na TV Cidade Fortaleza.
Casais homoafetivos enfrentam preconceitos para ter uma família
Casais homoafetivos têm enfrentado preconceito para conseguir ter uma família no Brasil. A lei que reconhece o casamento homoafetivo é relativamente recente, de 2011, mas foi somente dois anos depois que os cartórios foram autorizados a celebrar essa união. Essa mudança representa uma vitória para a comunidade LGBTQIA+, que há muito tempo enfrenta a lentidão da justiça para garantir seus direitos.
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É sobre esse tema que trata a segunda reportagem da Série “Divercidade”, exibida dentro do Jornal da Cidade, na TV Cidade Fortaleza.
A História de Eridimar e Lucas
Eridimar e Lucas se conheceram em 2020, durante a pandemia do coronavírus, através das redes sociais. Eles mantiveram contato virtual por mais de um ano antes de se encontrarem pessoalmente.
“Eu tinha muita pressão da família e das pessoas que me acompanhavam na igreja”, revela Lucas, que é 18 anos mais jovem que Eridimar e de família evangélica. “Diziam que eu não ia casar e eu tinha medo de dizer o que realmente sentia.”
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Eridimar, que é administrador e cantor, abriu mão da carreira para apoiar o sonho de Lucas de viver da música. Juntos, enfrentaram preconceitos e decidiram dar um passo importante: casar-se oficialmente. A cerimônia foi realizada em março deste ano, junto com outros 108 casais.
“É o sentimento que está dentro do coração, mas o papel significa dizer às pessoas que temos um relacionamento sério em todos os sentidos”, comenta Eridimar emocionado.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça determinou que todos os cartórios do país realizassem a união homoafetiva. Desde então, os casamentos homoafetivos têm crescido cerca de 17% ao ano no Ceará, de acordo com dados mais recentes do IBGE.
A História de Nick e Gabriel
Nick e Gabriel, um casal transcentrado, também se conheceram nas redes sociais. Gabriel, em um momento de vulnerabilidade, foi acolhido na Casa Transformar, dirigida por Nick, e eles se apaixonaram.
“Eu estava em um relacionamento abusivo e conversei com Emily, uma amiga em comum. Ela me indicou a Casa Transformar, onde Nick fazia parte da diretoria”, conta Gabriel.
Antes de oficializar a união, veio o desejo de aumentar a família, e chegou Flora, uma bebê linda que hoje tem três meses. O casal enfrentou preconceitos e dificuldades, especialmente no sistema de saúde.
“Quando eu estava com dores, fomos a uma maternidade e a recepcionista insistiu em usar meu nome morto. Foi uma situação muito dolorosa”, lembra Gabriel.
Nick e Gabriel, ambos influenciadores, lidam diariamente com opressões e comentários negativos, mas seu foco agora é criar Flora com dignidade e esperança.
“As minhas perspectivas para Flora são que ela saiba respeitar a diferença e que cuide da própria vida sem julgar os outros. Isso me deixaria orgulhosa”, diz Nick.
Casos como os de Eridimar e Lucas, Nick e Gabriel, mostram a importância do reconhecimento legal e do apoio social para que a comunidade LGBTQIA+ possa viver com dignidade e respeito. As histórias de amor e superação dessas pessoas são um exemplo de que, apesar das dificuldades, é possível conquistar a felicidade e os direitos merecidos.
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