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86% das empresas brasileiras planejam aumentar investimentos em financiamento sustentável, revela pesquisa da Amcham

Estudo, realizado com 120 empresas, também prevê um crescimento de 190% nos investimentos em projetos sustentáveis, atingindo R$ 20,4 bilhões

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6 de setembro de 2024
Portal GCMAIS

Uma pesquisa inédita da Amcham Brasil, divulgada nesta sexta-feira (6), revelou que 86% das empresas brasileiras planejam aumentar a busca por financiamento sustentável nos próximos dois anos. O estudo, realizado com 120 empresas, também prevê um crescimento de 190% nos investimentos em projetos sustentáveis, atingindo R$ 20,4 bilhões.

86% das empresas brasileiras planejam aumentar investimentos em financiamento sustentável, revela pesquisa da Amcham
Foto: Reprodução

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Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, destacou a importância do financiamento sustentável para a transição para uma economia verde. “É crucial que empresas e instituições financeiras mobilizem recursos de forma ágil e econômica para impulsionar projetos com impacto ambiental positivo. O financiamento sustentável será um tema central na COP 29, que ocorrerá este ano no Azerbaijão, e nossa pesquisa indica que o setor privado brasileiro está se movendo nessa direção”, afirmou Neto.

Apesar do otimismo, a pesquisa mostrou que 57,9% das empresas ainda não utilizam linhas de financiamento voltadas para a sustentabilidade. Entre as que fazem uso dessas linhas, a maioria são grandes empresas, com 63,8% usando financiamento para projetos sustentáveis. O setor industrial lidera a utilização (45,5%), seguido pelo agronegócio (37,5%) e o setor de serviços (26,8%).

A maioria das empresas ainda recorre a recursos próprios para projetos sustentáveis (28,2%), seguida por financiamentos de bancos e instituições financeiras privadas (23,1%) e títulos de dívida (20,5%). Apenas 15,4% utilizam recursos de bancos públicos, indicando uma oportunidade para aumentar a utilização dessas linhas no futuro.

A pesquisa também revelou que as principais áreas de busca para financiamento sustentável são: energia (21,4%), indústria (20%), tratamento de resíduos (15,7%) e agricultura e florestas (14,3%). As principais métricas para medir o impacto ambiental incluem redução de emissões (41,9%), redução no consumo de energia (22,6%) e compensação de emissões (16,1%).

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Entre as linhas de financiamento mais conhecidas estão o BNDES Finem – Meio Ambiente e o FINEP – Inova Sustentabilidade, com 21,6% e 20,3% de intenção de uso, respectivamente.

Apesar das perspectivas positivas, a pesquisa identificou obstáculos como processos burocráticos (26,3%), dificuldade em oferecer garantias (19,3%), desconhecimento sobre as linhas disponíveis (14%) e custos elevados (12,3%).

Os resultados foram apresentados durante o encontro “O Brasil na COP 29: da adaptação climática ao financiamento da sustentabilidade”, organizado pela Amcham Brasil, que reuniu cerca de 250 líderes empresariais e autoridades públicas. O evento discutiu o papel do financiamento sustentável e as expectativas para a COP 29, além dos preparativos para a COP 30, que o Brasil sediará em 2025 na Amazônia. A pesquisa foi realizada entre 22 de julho e 9 de agosto de 2024, com 65% das participantes sendo grandes e médias empresas e 69% dos setores industriais e de serviços.

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