VACINA CEARENSE

Pesquisadores da Uece detalham desenvolvimento da vacina contra a Covid-19

Parlamentares da Câmara de Vereadores de Fortaleza se reuniram com o objetivo de obter informações sobre o projeto em desenvolvimento na UECE referente à vacina

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15 de junho de 2021
Teste Teste

A Frente Parlamentar em Defesa da Imunização da Covid-19 se reuniu de segunda-feira (14), com pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e demais parlamentares com o objetivo de obter informações sobre o projeto em desenvolvimento na UECE referente à vacina HH-120-Defenser, a primeira genuinamente cearense contra a Covid-19.

Pesquisadores da Uece detalham desenvolvimento da vacina contra a Covid-19
Foto: Reprodução

A presidente da Frente Parlamentar, Ana Paula (PDT), ressaltou que diante das perspectivas do mercado para a vacinação contra a Covid-19, tem buscado ampliar o debate sobre alternativas para o enfrentamento à pandemia.

“A Câmara Municipal de Fortaleza tem a honra de receber nesta Casa a ciência e o quanto ela está relacionada ao processo de mudança de vida das pessoas, principalmente nessa pandemia. Temos a esperança de um imunobiológico pensando e idealizando pelos cearenses”, comentou a parlamentar.

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Entenda a pesquisa

A pesquisa de doutorado do médico veterinário Ney Carvalho foi a inspiração para o início de um estudo, que com o seu avançar, pode levar ao mercado brasileiro e internacional uma promissora vacina a ser ministrada intranasal. Com o estudo em mãos, o veterinário buscou apoio da Imunologista Izabel Florindo Guedes para introdução do processo de exploração viral.

Presente no mercado brasileiro há 40 anos, a vacina com atenuante do coronavírus já é aplicada no mercado de aves. O processo existente passou a ser investigado e readequado para que seja, tão logo concluído sua investigação, aplicado em seres humanos na erradicação da covid-19.

“Sou veterinário por formação e cheguei com a proposta para a Dra. Izabel no final de março do ano passado. Fizemos uma revisão de literatura para sabermos mais sobre a vacina. Percebemos sua atuação em aves e depois passamos a testá-la em mamíferos, no caso, em camundongos. Nos ensaios, aumentamos as dosagens e vimos que a eficácia chegou em até 95%. Fizemos mais pesquisas para embasar nossa ideia e verificamos que ela, a vacina, pode ser utilizada em humanos. Ela sairá a baixo custo, com facilidade de aplicação por ser intranasal, e sua armazenagem em uma geladeira comum”, disse o mentor do projeto de pesquisa, Ney Carvalho.

A pesquisadora e infectologista Izabel Florindo Guedes reforçou que a equipe de pesquisa está empenhada no projeto e a Uece tem dado o apoio necessário para o seu desenvolvimento. A vacina, explicou a especialista, é formulada por um vírus do coronavírus aviário atenuado e que não causa infecção aos seres humanos. “Fizemos todo estudo da fase pré-clínica em animais e o resultado apontou para a indução de anticorpos neutralizantes que pode ser usado como vacina para o enfrentamento dessa pandemia. Estamos montando equipes, parcerias, para que sejam feitos os testes em humanos, a fase clínica”, declarou.

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Apoio Financeiro

Com recursos próprios, Dra. Izabel deu início aos testes com o vírus do coronavírus aviário atenuado. “Quando chegamos nessa fase vimos que realmente funcionava e resolvemos fazer com apoio de um laboratório. Depois de patentearmos a ideia procuramos recursos e estamos nessa fase. O governador e o reitor tem demonstrado apoio, mas até o momento não recebemos nada para darmos continuidade aos testes solicitados pela Anvisa”, comentou.

A cientista evidencia que o recurso é para finalizar os testes da fase inicial e que futuramente precisará de investimentos devido a necessidade de uma equipe médica, voluntários, logística, empresa para a documentação junto a Anvisa, laboratório para a coleta das amostras, etc.

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Fase da Pesquisa

A fase clínica será ser dividida em três etapas, sendo a primeira com testes realizados em aproximadamente 100 pessoas adultas, de 18 a 60 anos de idade, sem comorbidades. Na segunda etapa, com 150 pessoas, será a vez de indivíduos acima de 60 anos, com comorbidades. Na terceira, os testes serão aplicados em milhares de pessoas, com perfis diversificados.

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