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Greve de ônibus em Fortaleza: o que dizem as empresas de transporte coletivo?

TRT/CE decide que sindicato deve manter 70% da frota em circulação durante greve dos motoristas

Foto: Érika Fonseca / CMFOR

A partir desta terça-feira (8), os motoristas de ônibus em Fortaleza devem começar as mobilizações da greve, com paralisação de uma parte do serviço. Os trabalhadores pedem reajustes salariais, nos benefícios, a inclusão como grupo prioritário de vacinação contra covid-19, entre outras demandas.

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Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus) informou que considera legítimas as demandas dos motoristas de ônibus, mas a pandemia de covid-19 causou fortes impactos na economia das empresas.

“As medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19 tiveram enorme impacto nos sistemas de transporte coletivo urbano e metropolitano. A redução drástica no número de passageiros transportados provocou um grande descompasso entre receita e custo, principalmente porque, ao longo de toda a pandemia, a redução da oferta não ocorreu na mesma proporção”, diz a nota.

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Segundo o Sindiônibus, o aporte financeiro que o Governo do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza vão destinar às empresas é uma ajuda, mas ainda não é capaz de suportar os prejuízos do setor. “O recente anúncio do aporte de recursos extratarifários por parte da Prefeitura Municipal de Fortaleza e do Governo do Estado do Ceará trouxe grande alívio ao setor, mas será insuficiente para garantir o equilíbrio financeiro nas empresas operadoras”, diz o texto.

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As empresas reconhecem que os motoristas de ônibus foram afetados pela crise causada pela pandemia, mas acreditam que este não é o melhor momento para uma greve diante do risco de gerar aglomerações.

“Reconhecemos que os trabalhadores do transporte coletivo, assim como outras categorias profissionais, foram afetados negativamente como consequência da pandemia. Em tempos normais, seus pleitos seriam razoáveis, mas a situação crítica das empresas dificulta sobremaneira o atendimento das reivindicações do sindicato laboral. Neste momento em que continuamos lutando contra um inimigo invisível e precisamos manter o esforço de redução de aglomerações no transporte coletivo, não é razoável falar em greve. Esperamos encontrar uma solução para o impasse, apesar de o Sinte ter interrompido a negociação. Em sendo necessário, buscaremos o Poder Judiciário para evitar transtornos e riscos inaceitáveis aos nossos passageiros e colaboradores”, escreve o Sindiônibus.

Sobre a vacinação, o Sindicato afirma que desde o final do ano passado, está em contato com a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará na tentativa de viabilizar a vacinação prioritária dos motoristas de ônibus.

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