Há cinco dias a Colômbia vem enfrentando uma grave onda de violência causada pela repressão de protestos contra uma reforma tributária proposta pelo governo local. Até a manhã desta terça-feira (4), a estimativa era que 19 pessoas já haviam morrido e mais de 800 foram feridas nos confrontos entre militares e os manifestantes.
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Mesmo após a retirada do projeto de reforma tributária do governo colombiano, os protestos continuam. Segundo o ministro da Defesa, os atos teriam sido financiados por “grupos dissidentes das FARC” que estariam negando o acordo de paz assinado em 2016.
As autoridades já realizaram a prisão de mais de 431 pessoas e os militares foram enviados pelo governo colombiano para as regiões mais afetadas. Marta Hurtado, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos lamentou o uso excessivo das forças militares contra os manifestantes.
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Apesar de estarem em menor quantidade, os manifestantes ainda continuam os protestos em cidades como Bogotá, Medellín (noroeste), Cali (sudoeste) e Barranquilla (norte). Uma nova marcha está marcada para a quarta-feira (5). Essas aglomerações acontecem no momento em que a Colômbia enfrenta a terceira onda da covid-19.
Reforma tributária na Colômbia
No último dia 15 de abril, o presidente colombiano, Ivan Duque, apresentou uma proposta de reforma tributária que buscava resgatar cerca de 6,3 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 34,2 bilhões) entre 2022 e 2031. A proposta buscava resgatar a economia do País por meio do financiamento de gastos públicos.
A reforma não foi bem recebida tanto pelos opositores do presidente quanto pelos aliados. A proposta foi o estopim dos protestos que começaram pacíficos, mas, em seguida, foram alvo de forte repressão das forças armadas da Colômbia.
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No dia 30 de abril, o presidente Duque retirou diversos pontos polêmicos da reforma e propôs a elaboração de um novo projeto. Na última segunda-feira (3), o ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, renunciou ao cargo. “Minha continuidade no governo dificultaria a construção rápida e eficiente dos consensos necessários” para uma reforma tributária, informou em um comunicado.