Inexplicável, inesperado, quase sobrenatural, Ceará faz uma das suas piores partida no ano, mas volta para casa com a Taça. Até os 25 minutos do segundo tempo só tinha um time em campo, soberano na partida, o Sport empilhava chances perdidas. Entregue, o Alvinegro parecia não ter forças para conter um ímpeto do time pernambucano.

O desespero flagrante no rosto do torcedor Alvinegro, o time era apático em campo. Porém o futebol tem suas máximas, e quase todas elas podem ser aplicadas nesse jogo. Perder tantas oportunidades em uma final geralmente custa caro, a bola pune!

A vantagem Alvinegra durou exatos 26 minutos. A defesa do Ceará batia cabeça, e em uma jogada digna dos tempos áureos dos Trapalhões, Danilo Barcelos rebate a bola nos pés de Luciano Juba. Gol do Sport, e aquele 1×0 igualava o confronto.

Na volta do intervalo parecia que nada tinha mudado. O Leão da Ilha seguia soberano, dono das principais ações. O recém chegado Barroca que parecia sem rumo, não pecou por omissão. As entradas Luvannor e principalmente Chay, trouxeram Alvinegro uma vitalidade antes não vista.

Dizer que o Ceará soube sofrer seria muito forte, mas aos poucos a soberba dos sorrisos pernambucanos foram se extinguindo. A sensação era que pela primeira vez no jogo tinha uma disputa. O Vozão já levava algum perigo a meta adversária, e eles sentiram.

Nos minutos finais a volúpia Rubro Negra era quase inexistente. O Sport já sem a mesma força, parecia satisfeito com a disputa de pênaltis. E assim foi.

Ceará e principalmente Richard vinham de uma incômoda sequência nesse tipo de disputa. Mas o momento era da redenção. O questionado Arqueiro se agigantou, pegou duas cobranças e o tabu ficou para trás. Ceará Tri Campeão do Nordeste.