Maurício Holanda Filho
COLUNA + RESENHA

Teimosia ou convicção? Ceará de Mancini decepciona novamente na Série B

Na noite dessa segunda-feira (29), o Ceará perdeu para o Mirassol em SP. O Alvinegro até conseguiu empatar o jogo depois de estar perdendo por 2 a 0, mas não teve forças para sustentar o resultado.

 

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30 de abril de 2024
Maurício Holanda Filho

Sem Erick Pulga, era quase certo que o Ceará teria problemas em Mirassol, mesmo com a equipe paulista vindo de quatro derrotas seguidas. Entretanto, o que não se esperava era o tamanho do domínio do adversário nos primeiros minutos. O time de Mozart abriu 2 a 0 após falhas do sistema defensivo Alvinegro.

Com uma organização mais sólida e uma montanha enorme para escalar, o Ceará finalmente começou a incomodar a defesa do Mirassol. O Vozão voltou do intervalo com outra intensidade, e a partida ficou ainda mais frenética. PV, que havia cometido uma falha bisonha no segundo gol do Mirassol, fez uma jogada e serviu Janderson, marcando o gol que recolocou o Alvinegro no jogo.

O Mirassol sente o gol, se desorganiza, enquanto o Ceará adianta suas linhas. Como resultado, apenas 2 minutos após diminuir o placar, o Ceará empata com Lourenço, embora a arbitragem tenha visto o gol como sendo de Aylon. Mas o importante era que o Alvinegro havia subido o tal morro e empatado o jogo.

A tendência era que o Alvinegro voltasse de Mirassol com pelo menos um ponto, afinal, tinha feito o mais difícil e estava jogando melhor. No entanto, algumas substituições bastante questionáveis por parte de Mancini, principalmente ao tirar Lourenço e Aylon naquele momento, trouxeram os paulistas de volta para a partida.

E o balde de água fria ainda estava por vir. Próximo do fim do jogo, Guilherme Castilho, que tinha entrado muito mal, erra, e o Mirassol tem falta frontal à meta Alvinegra. Danielzinho bate com uma precisão rara, não dando chances a Richard, e o Ceará tem sua primeira derrota na Série B. Um doloroso e inesperado 3×2.

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As substituições de Mancini eliminaram as chances de vitória do Ceará.

A teimosia e a insistência de Vagner Mancini com alguns jogadores e, principalmente, com um esquema tático para o qual ele não possui peças adequadas é preocupante e incomoda. Com todo respeito, confiar a temporada do Ceará em jogadores como Mugni, Recalde, Facundo Castro, entre outros, é brincar com os sonhos do torcedor.

Vale lembrar que, por mais inesquecível que o Cearense tenha sido e por mais especial que seja ter tirado o título do principal rival, o principal objetivo do Ceará continua sendo o retorno à elite do Brasileiro. E com este elenco, fica difícil acreditar no sucesso desse projeto.

Também é preciso citar que o Ceará praticamente não teve chances de se reforçar nesta última janela de transferências, afinal, estava impossibilitado por dívidas, mais um erro grave de gestão. Mesmo assim, o Alvinegro ainda joga um futebol bem abaixo do que poderia, o que preocupa o torcedor.

Sem Pulga, a principal referência técnica do ataque, e Saulo, que não vive um grande momento, mas que briga muito e é um atleta de muita força, Mancini optou por escalar Recalde e Castro como extremos. E não preciso nem dizer que o resultado não foi satisfatório.

E a dúvida que fica é, Mancini é convicto ou teimoso? O fato é que ele precisar ser inteligente, prático, o Ceará precisa chegar vivo a segunda janela de transferências. A partir dai sim, fazer os reforços pontuais para brigar de fato pelo acesso a Elite do Brasileiro. Afinal, o torcedor merecer ter um ano melhor depois de tudo que passou em 2023 e com esse elenco, é utópico acreditar que dará certo!

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