Última parada: o caos. É impressionante o que estão fazendo com o Ceará Sporting Club. Após mais um vexame contra a Tombense e a queda de Guto Ferreira, o Alvinegro se prepara para anunciar o seu quarto treinador nesta temporada. A receita do fracasso está sendo seguida à risca pelos lados de Porangabussu.

Definitivamente, o problema Alvinegro vai muito além do campo e da bola, e o torcedor parece ter entendido isso. No último jogo contra o fraco time da Tombense, o Ceará conseguiu abrir rapidamente 2×0 no placar, mas fez questão de entregar o resultado ao adversário.

Dessa forma, o que parecia iminente acabou acontecendo. Revoltada, a torcida foi para as ruas protestar contra a péssima fase do time. No entanto, é preciso ressaltar que pichar muros ou depredar o patrimônio do clube não é a atitude mais inteligente. Afinal, o vexame que a equipe tem apresentado em campo, jogo após jogo, é apenas um reflexo dos bastidores conturbados de Porangabussu.

As quatro estações do caos no Ceará:

O nome de Vagner Mancini ganha força e parece ser a bola da vez no Ceará. Mancini tem um histórico como treinador e ex-atleta da instituição. No entanto, sua possível contratação apenas evidencia a dimensão da falta de preparo do departamento de futebol Alvinegro. Se essa contratação realmente se concretizar, como tudo indica, ele será o quarto treinador na temporada, cada um com um perfil diferente.

Após a inexplicável saída de Morínigo, o único que conseguiu fazer o Ceará jogar de forma minimamente aceitável no ano, e as trágicas passagens de Barroca e Guto Ferreira, o Vozão se prepara para o quarto anúncio de um novo comando na temporada. São perfis distintos, metodologias diferentes, porém com a mesma esperança quase utópica de que dará certo.

O fato é que as chances de acesso do Alvinegro são mínimas, e a melhor atitude a ser tomada no momento é assegurar matematicamente a permanência na Série B e começar a planejar um 2024 diferente. São palavras duras para um time que entrou na competição como favorito não apenas ao acesso, mas também ao título.

No entanto, já é hora da diretoria agir de forma aberta com os torcedores. O caos que se instalou em Porangabussu é em grande parte resultado da falta de transparência!

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Vozão destoa do excelente momento do futebol cearense:

A revolta do torcedor diante da fase do time, ou melhor, da instituição, é completamente legítima. Além disso, observar os principais rivais do estado alcançando feitos históricos e, principalmente, demonstrando um futebol de qualidade, potencializa essa frustração alvinegra.

O Fortaleza, principal rival, está prestes a se classificar para uma inédita semifinal da Sul-Americana. Enquanto isso, o Ferroviário, com recursos consideravelmente menores, possui um time de qualidade e uma gestão altamente profissional. Já o Ceará parece viver em um relacionamento contínuo com o caos.

Embora os torcedores possam não expressar abertamente esse sentimento, é completamente natural que ele surja, afinal, o futebol local sempre será o principal parâmetro. E, considerando que o Ceará foi pioneiro na organização administrativa em tempos passados, é evidente que hoje está cada vez mais distante do nível de gestão alcançado pelos rivais.

Herança maldita no Ceará:

Os problemas administrativos do Ceará parecem não encontrar solução, e isso tem um impacto direto nos resultados esportivos. Aquisições de jogadores de qualidade questionável feitas por valores exorbitantes, a falta de direcionamento do departamento de futebol e, acima de tudo, a falta de transparência por parte da diretoria, são os principais elementos alimentando o incêndio na equipe alvinegra.

A princípio, o Presidente João Paulo Silva chegou ao Vozão com a proposta de reformular a abordagem da instituição. No entanto, com o decorrer do tempo, parece estar repetindo a mesma conduta de isolamento da gestão anterior e, acima de tudo, mantendo a maneira habitual de se eximir dos problemas.

O verdadeiro processo de reconstrução do Ceará começará após a exposição das práticas obscuras das gestões anteriores. Através da transparência, há uma possibilidade de que os torcedores voltem a confiar. No entanto, no momento, infelizmente, a sensação que temos é que o clube está em ruínas, e será necessário praticamente recomeçar o processo do zero.

Aos torcedores alvinegros, desejo resiliência para enfrentar este momento. Aos gestores atuais e futuros, desejo sabedoria, pois o Ceará é uma instituição muito grande para permanecer nesta situação. Feliz 2024 e que este ano possa, de fato, trazer felicidade!

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