Um dos maiores orgulhos recentes do Ceará Sporting Club foi a recuperação de sua credibilidade junto ao mercado. Em um passado recente, o Alvinegro enfrentava enormes dificuldades na hora de contratar devido à sua má reputação entre jogadores, agentes e clubes. No entanto, isso mudou, principalmente após a gestão de Evandro Leitão, que efetivamente profissionalizou o clube.

Longe de ser uma coincidência, após esse processo, o Ceará tornou-se um clube de elite, respeitado e, principalmente, atrativo para grandes nomes do futebol. O Vozão consolidou sua presença na Série A do Campeonato Brasileiro, sendo inclusive o primeiro clube cearense a participar de uma competição internacional.

Como resultado, o torcedor viu o clube atingir um patamar elevado, acostumando-se com conquistas e cifras que antes não faziam parte de sua realidade. O Ceará tornou-se uma vitrine, respeitado tanto dentro quanto fora de campo, sendo exemplo de gestão. Pioneira, essa reformulação realizada no Alvinegro foi fundamental para o crescimento do futebol cearense. No entanto, lamenta-se o empenho das diretorias atuais em desperdiçar tudo isso, jogando fora o orgulho do torcedor.

O ano de 2022, marcado pelo rebaixamento, também representa um divisor de águas na gestão do clube. O Ceará tornou-se uma instituição fechada, onde o torcedor deixou de ter conhecimento sobre o que ocorria dentro dos muros, e as decisões não eram tomadas com o mesmo critério de antes. Em outras palavras, o fracasso no campo era apenas um reflexo do que acontecia nos bastidores. Infelizmente, o Vozão parece ter retrocedido várias casas no jogo de tabuleiro do futebol.

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Robson de Castro:

Robson foi uma figura de grande destaque nesse processo de reformulação do clube, sendo braço direito de Evandro Leitão e desempenhando um papel fundamental na profissionalização. No entanto, após assumir a presidência, mostrou-se um gestor centralizador e, em algumas ocasiões, autoritário. O Ceará passou a ser percebido como uma instituição ‘antipática’ ao seu próprio torcedor.

No início da temporada de 2023, a intensa pressão por parte do torcedor tornou a situação de Robson de Castro insustentável, levando-o à renúncia. Alguns mais inocentes imaginaram que, com essa renúncia, resolveriam todos os problemas do Ceará. Ah, os inocentes!

Conselheiros denunciam dívida milionária no Ceará:

O Ceará iniciou o ano de 2024 prometendo uma reformulação geral, tanto dentro quanto fora de campo. Além disso, o clube anunciou um orçamento milionário para a temporada. A chegada de novos nomes empolgou o torcedor, que estava com o coração ferido. Tanto que, na apresentação do elenco, lotou o PV e prometeu apoio.

Porém, poucos dias depois, veio o balde de água fria: o castelo prometido era de areia, e mais uma vez o torcedor se sentiu traído. A situação real do Alvinegro é bem diferente do que venderam. Em suma, a saúde financeira aparentemente sólida nada mais é que uma grande utopia.

Nicolas e Zé Roberto deixaram o clube cobrando meses de direito de imagem atrasados. Barletta, este dentro dos planos do Ceará, pediu rescisão na justiça. E o pior ainda estava por vir: conselheiros denunciaram uma dívida milionária com a Receita Federal.

Dessa forma, o que o torcedor pode esperar para esta temporada? Qual é o tamanho real dessa dívida? Por que permitir que ela venha à tona dessa forma?

Começamos este texto falando em ‘Credibilidade’, e quando uma instituição do tamanho do Ceará não possui transparência, vende aos torcedores uma falsa Pasárgada, fica quase impossível falar nisso!

O torcedor alvinegro torce para que tudo isso que veio à tona não seja apenas a ponta do iceberg, e que o Ceará possa voltar aos trilhos o mais rapidamente possível, pois é doloroso ver o que estão fazendo com esse clube!

 

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