Uma das cidades afetadas pelas manchas de óleo que se espalharam pelo litoral cearense, Aracati já contabiliza a coleta de pelo menos 36 quilos de piche em suas praias até esta quinta-feira (27). A informação foi divulgada em comunicado divulgado nas redes sociais pela Prefeitura do Aracati. “O número é aproximado, uma vez que quando se retira o piche, este vem envolto em areia e algas”, destacou o informe.

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A nota da Prefeitura de Aracati destaca ainda que, entre quarta (26) e quinta-feira (26) pela manhã, não foram encontrados fragmentos nas praias de Lagoa do Mato, Majorlândia e Quixaba, porém, durante a vistoria da tarde desta quinta-feira (27), se pôde observar a chegada do piche misturado com algas nestas praias.

O local com maior concentração de óleo é na praia de Canoa Quebrada, logo após a última barraca, em direção à praia do Cumbe.

“Nossas equipes continuarão o trabalho de vistoria e retirada do material amanhã a partir das 6h30, conforme a maré”, informa o comunicado.

Manchas de óleo nas praias cearenses

Manchas de óleo começaram a aparecer em praias cearenses desde a última terça-feira (25). Na manhã desta quinta-feira (27), vestígios de óleo também foram encontrados na Praia do Futuro, na Sabiaguaba e na Abreulândia, em Fortaleza. As primeiras foram percebidas na praia de Canoa Quebrada, em Aracati. Outras 11 praias também estão sendo afetadas. Há registros nas praias de Quixaba, Cumbe e Majorlândia, em Aracati; Prainha, Iguape e Porto das Dunas, em Aquiraz; Canto da Barra, em Fortim; e Prainha do Canto Verde, em Beberibe.

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Vale lembrar que as manchas aparece após mais de dois anos do desastre ambiental de derramamento de óleo que atingiu todo o litoral brasileiro. Na última quarta-feira (26), a Marinha do Brasil emitiu nota informando estar ciente do aparecimento “de vestígios oleosos” em praias do litoral do Ceará. Segundo o órgão, militares da Agência da Capitania dos Portos em Aracati realizaram a retirada do material das praias de Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixaba e Canto da Barra. “Amostras do material foram coletadas e serão enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), no Rio de Janeiro”, informou. As ações de retirada devem continuar nesta quinta-feira (27).

Ibama se posiciona sobre o episódio

Também em nota, o Ibama se pronunciou sobre o assunto. “O Ibama programou para o dia 27 de janeiro a realização de uma vistoria no litoral leste, com o objetivo de vistoriar as praias com registro de aparecimento de óleo e procurar identificar novas praias do litoral cearense impactadas por esse incidente. Após a vistoria será realizada a elaboração de relatórios e encaminhamento de informações para Coordenação Geral de Emergências Ambientais do IBAMA, com o objetivo de que sejam elaboradas as estratégias posteriores para o atendimento a situação em questão”, disse o órgão.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) informou que está “preparando a logística para o recolhimento do óleo (após o material ser retirado das praias), bem como a sua destinação final”. A prefeitura de Aracati publicou nota nas redes sociais afirmando que a cidade “sofre com mais este desastre ambiental, ainda sem causa conhecida”. A gestão municipal enviou equipes de diversas áreas da gestão para vistoriar os locais e já iniciar os trabalhos de limpeza.

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