De janeiro a julho deste ano, o Ceará apresentou uma redução de 6,7% nas mortes provocadas por crimes violentos, em relação a 2021
Secretário de segurança do Ceará, Sandro Caron, defende o “endurecimento das penas para crimes graves”
De janeiro a julho deste ano, o Ceará apresentou uma redução de 6,7%, em relação a 2021, nas mortes provocadas por crimes violentos, ou seja, os assassinatos. As informações são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp). Para falar sobre esses dados, o secretário de segurança do estado, Sandro Caron, concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio Jovem Pan News Fortaleza FM 92.9.
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Ele declarou que essa redução é fruto de um trabalho de continuidade em que são intensificadas as ações de inteligência policiais, as investigações e o trabalho preventivo dos agentes de segurança pública.
“Estamos utilizando dados estatísticos e através de um sistema desenvolvido aqui, chamado ‘status’, nós conseguimos mapear as chamadas ‘manchas criminais’, que são aquelas pequenas partes no território do Ceará que concentram os crimes mais graves”, explicou Sandro Caron.
Segundo o secretário, no momento em que a segurança pública tem esse mapeamento de quais locais concentram maior número de crimes, como homínidos e assaltos, é possível utilizar os recursos de uma maneira mais efetiva. “Isso vem fazendo com que a gente realize uma média de 3 mil capturas por mês”.
Sandro Caron, secretário de segurança do Ceará, fala sobre segurança pública
Em relação ao combate ao crime organizado, o titular da pasta da segurança, pontuou que o Ceará tem feito sua parte e que falta uma maior repressão nacional, uma vez que os grupos de facções atuam em todo o Brasil.
Além disso, Sandro Caron também destacou a importância de alterações legislativas para o endurecimento das penas para crimes graves.
“Nós temos muitos crimes graves, hoje, que infelizmente no Brasil a legislação permite a liberdade provisória. É um absurdo que uma pessoa, por exemplo, que já tenha antecedentes, seja presa novamente com arma na rua, tenha por lei o direito de ter uma liberdade provisória. Isso não é nenhum tipo de crítica ao trabalho da polícia, nem ao poder judiciário e nem ao ministério público. É uma crítica porque já é muito evidente a necessidade de endurecimento das penas e também da legislação processual penal no Brasil”, declara o secretário de segurança.
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Sobre a pesquisa de redução de crimes violentos no Ceará
O território com maior redução foi a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que registrou redução de 19,2%, indo de 556 CVLIs para 449 em igual período. A cidade de Caucaia, por exemplo, que integra a RMF, apresentou uma redução de 39,3% nos CVLIs, também no período de janeiro a julho, indo de 173 casos para 105 se comparado com 2021.
Outro território que apresentou diminuição foi o Interior Sul, com redução de 9,1%, indo de 407 crimes, nos sete primeiros meses de 2021, para 370 de janeiro a julho deste ano.
Em julho de 2022, se comparado com julho do ano passado, a redução em Fortaleza foi de 4,2%, indo de 71 casos para 68. No Ceará, a retração foi de 2,3%, indo de 263 casos para 257 no mesmo período.
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