PM prendeu quatro suspeitos: três adultos, de 18, 19 e 22 anos, e um adolescente de 15.
Saiba quem são as vítimas da chacina ocorrida em campo de futebol em Fortaleza
Uma chacina ocorrida na tarde desta terça-feira (6) em um campo de futebol no bairro Barra do Ceará, em Fortaleza, deixou a capital cearense em estado de choque. Quatro homens foram mortos e outros ficaram feridos após criminosos fortemente armados invadirem o local e abrirem fogo contra os jogadores. As vítimas tinham entre 16 e 34 anos e estavam participando de uma partida de futebol amador quando foram surpreendidas pelos tiros.

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Os mortos foram identificados como Pedro Henrique da Silva Borges, de 16 anos, aspirante a jogador profissional; Carlos Johnson Viana Ferreira, de 31 anos, feirante; Estefany da Silva Ribeiro, 34, motoboy; e Evandro Igor da Silva Dias, 26, pedreiro. Todos moradores da região, eles tinham em comum o hábito de frequentar o campo para lazer. A tragédia interrompeu vidas comuns marcadas por trabalho, sonhos e famílias.
Vítimas com histórias interrompidas
Pedro Henrique sonhava em seguir carreira no futebol profissional e já havia feito testes nos clubes Ceará e Fortaleza. Um convite para avaliação no São Paulo Futebol Clube chegou a ser feito, mas não chegou a se concretizar. O adolescente morreu ainda no campo.
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Carlos Johnson, feirante, estava no local acompanhado do filho, que foi testemunha do crime. Ele deixa a esposa, que está grávida. Estefany Ribeiro, motoboy, era frequentador assíduo do campo e deixa dois filhos. Já Evandro Igor, que trabalhava como pedreiro, era pai de um menino.
O crime aconteceu na Rua Tambaú, mesma área onde, no início do mês, duas irmãs influenciadoras foram brutalmente assassinadas por criminosos que chegaram em uma moto aquática e um bote a motor. A polícia investiga se os casos estão relacionados e seriam reflexo de uma disputa entre facções criminosas rivais.
Saiba quem são as vítimas da chacina ocorrida em campo de futebol em Fortaleza
Desde então, a região tem registrado uma escalada de violência. Houve outros tiroteios, depredação de ônibus, protestos com barricadas e até fechamento de escolas. Em um segundo campo de futebol, cinco pessoas foram baleadas, alimentando ainda mais o clima de insegurança.
Durante o ataque desta terça, testemunhas relataram que os assassinos usavam coletes com a inscrição “Polícia Civil”, o que inicialmente confundiu os presentes. Dois homens morreram no local, enquanto outros foram socorridos — dois deles não resistiram aos ferimentos nos hospitais.
A Polícia Militar perseguiu o carro utilizado pelos criminosos e prendeu quatro suspeitos: três adultos, de 18, 19 e 22 anos, e um adolescente de 15. Com eles, foram apreendidas quatro pistolas, 49 munições, celulares, drogas e o veículo usado no ataque. Todos os adultos já tinham passagens pela polícia.
Eles foram autuados por homicídio, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menor. O adolescente foi apreendido por ato infracional análogo aos mesmos crimes.
Medidas emergenciais
Diante da gravidade da situação, o governador Elmano de Freitas anunciou medidas emergenciais para conter a violência:
- Dobrar o número de operações policiais, com foco nas áreas de conflito entre facções;
- Intensificar a ocupação policial nos territórios vulneráveis;
- Reforçar os setores de investigação e inteligência;
- Ampliar o monitoramento de criminosos que descumprem medidas judiciais, com apoio da polícia penal;
- Dobrar as horas extras de policiais para garantir maior presença nas ruas.
“Serão dadas respostas duras a esses criminosos. Nossa luta contra o crime será cada vez mais intensa”, declarou o governador.
Além das forças locais, o governo estadual iniciou articulações com polícias de outros estados, numa tentativa de sufocar as redes de crime organizado que atuam além das fronteiras cearenses.
Apesar do reforço policial, moradores da Barra do Ceará vivem sob tensão. Três linhas de ônibus passaram a operar com escolta policial e itinerário alterado. Escolas seguem com atividades suspensas em algumas áreas.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a região está sob policiamento ostensivo por tempo indeterminado. Equipes do Departamento de Homicídios, da Draco e da Denarc estão mobilizadas para aprofundar as investigações.
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