Crime ligado à guerra de facções deixou quatro mortos e pelo menos um sobrevivente; arsenal incluía fuzil calibre 5.56 e pistolas .40
Autores da chacina na Barra do Ceará usaram fuzil e pistolas para executar vítimas
A chacina registrada na noite da última terça-feira (6), na Barra do Ceará, em Fortaleza, foi executada com armamento pesado, incluindo um fuzil de calibre 5.56 — uma arma de uso restrito das forças de segurança. No local do crime foram encontradas ao menos 15 cápsulas deflagradas desse tipo de fuzil, além de munições de pistolas .40.

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A Polícia Civil trata o caso como mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam território na região. Quatro pessoas foram assassinadas no ataque, ocorrido em um campo de futebol, e ao menos uma pessoa sobreviveu. A área é conhecida por estar sob domínio da facção Guardiões do Estado (GDE), enquanto os suspeitos presos têm ligação com o Comando Vermelho (CV), organização criminosa de origem carioca.
As vítimas foram identificadas como Estefany da Silva Ribeiro, de 34 anos; Carlos Johnson Viana Ferreira, de 21; Evandro Igor da Silva, de 26; e um adolescente de 16 anos, que será identificado apenas de forma protegida. Estefany e Carlos morreram ainda no local. Evandro e o adolescente foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. O menor era jogador de futebol amador e havia feito testes em categorias de base de clubes locais.
Três adultos — com idades entre 18 e 22 anos — e um adolescente de 15 anos foram detidos logo após o crime. Um dos homens já tinha antecedentes criminais e é investigado por envolvimento em outra tentativa de chacina na mesma região, no fim de 2023, além de responder pela morte de um ex-policial militar em 2024 e por receptação.
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Apesar da gravidade das evidências, os suspeitos apresentaram versões conflitantes aos investigadores. Alegaram que não pertencem a nenhuma facção e que estariam armados para cometer um roubo a um mercadinho, a mando de um homem conhecido como “Camarão”, em troca de R$ 6 mil. Já o menor afirmou que o grupo se preparava para assaltar um bar.
No entanto, o adolescente também revelou à Polícia Militar que seus três “comparsas” seriam membros do Comando Vermelho — rival direto da GDE, o que reforça a linha investigativa de motivação por disputa entre facções. As vítimas, segundo as autoridades, não tinham antecedentes criminais ou envolvimento com o tráfico.
Durante a operação que levou às prisões, foram apreendidas quatro pistolas calibre .40, 49 munições, um veículo, dois celulares e drogas. Um dos suspeitos chegou a afirmar que havia comprado uma das armas pela internet, por R$ 5 mil, em fevereiro deste ano.
As investigações seguem sob a responsabilidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento, pelo menos uma pessoa sobreviveu ao ataque e prestou depoimento na tarde da última quarta-feira (7) no 33º Distrito Policial, mas, segundo apuração da reportagem, não forneceu detalhes relevantes sobre os autores ou a motivação do crime.
O caso reacende o alerta sobre a escalada da violência armada em Fortaleza e o uso de armamento de guerra em áreas urbanas, principalmente em conflitos ligados ao tráfico de drogas.
A população pode colaborar com informações que levem à identificação de outros envolvidos através do Disque-Denúncia 181, com garantia de anonimato, ou pelo WhatsApp (85) 3101-0181.
Leia também | Chacina na Barra do Ceará: vítimas não tinham antecedentes criminais
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