Neste especial, o Portal GCMAIS traça um perfil estratégico de como Fortaleza atua e pensa políticas públicas na busca de estar cada vez mais conectada
Fortaleza Tech: uma cidade inteligente em construção
Reportagem: Glauber Sobral, Jonas Viana e Leilane Freitas
Terra do Sol, da luz, das praias e, agora, referência em Tecnologia e Inovação. A cidade de Fortaleza tem mais um motivo para se orgulhar. Isso porque a capital cearense conquistou o primeiro lugar do Brasil na categoria Tecnologia e Inovação do Ranking Connected Smart Cities 2022. Entre os indicadores avaliados, estiveram a porcentagem de moradores com cobertura 4G, a porcentagem de empregos no setor de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), o crescimento das empresas de tecnologia e o atendimento do cidadão por meio de aplicativos ou site.
Programas inovadores têm contribuído para a capital alencarina atingir tal patamar. Um deles é a execução do Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor), que completou o primeiro ano em outubro de 2022. O programa integra a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Fortaleza (Citinova), com ações elaboradas para solução de problemas da cidade, melhoria de serviços públicos, profissionalização e na qualidade de vida dos fortalezenses.
O Juventude Digital, política pública permanente criada pela gestão do prefeito José Sarto (PDT), é um desses exemplos e tem como foco a inclusão digital e a formação de profissionais para o mercado de Tecnologia e Inovação. A ação mudou a vida do estagiário Daniel Henrique.
Já o projeto Parada Segura é experenciado pela professora Valneide Félix, pelo estudante Carlos Adrian e pelo arquiteto Thiago Almeida. O ponto garante conforto, acessibilidade e segurança aos fortalezenses nas paradas de ônibus. Outro indício de Fortaleza como uma cidade inteligente em construção é o Ponto do Entegrador, que busca dar apoio os entregadores por aplicativo.
Neste especial multimídia, o Portal GCMAIS traça um perfil estratégico de como Fortaleza atua e pensa políticas públicas na busca de estar cada vez mais conectada. Uma busca diária na elaboração de ações que construa uma cidade smart. Conecte-se ao “Fortaleza Tech: uma Cidade inteligente em construção”. Boa experiência!
Tecnologia e Inovação na educação de Fortaleza
Um dos critérios que levou Fortaleza a conquistar o primeiro lugar do eixo Tecnologia e Inovação do Ranking Connected Smart Cities 2022 foi a taxa da população da cidade empregada no setor de TIC. A Terra da Luz ficou à frente de cidades como Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Para alcançar tal marca, diversas ações foram executadas e seguem em andamento na cidade.
Entre elas, estão o programa Juventude Digital (JD) e também o Tech Educa, iniciativas da atual gestão municipal, que têm investido na qualificação de jovens profissionais da área de Tecnologia e Inovação. A jovem Rockssane Marina, por exemplo, participou da certificação em UX e HTML/CSS. Em vídeo compartilhado no perfil oficial do Juventude Digital no Instagram, Rock, como é conhecida pelos colegas, compartilhou sua experiência.
Da mesma forma, o jovem Daniel Henrique, de 17 anos, também colhe os frutos de ter participado de uma das ações do Juventude Digital. Atualmente, ele é estagiário e relata como é a sua experiência com os jovens que participam do projeto. “Aqui, os jovens conseguem entender como funciona o mercado de trabalho e área de interesse deles, eles aprendem sobre design gráfico, design de produtos, games”, afirma. Daniel ainda reforça que o projeto ajuda os participantes a compreenderem a importância do trabalho em equipe. “A pessoa precisa entender que nem tudo você faz sozinho”, ensina o jovem.
Projetos voltados para formação de jovens
O Juventude Digital faz parte do caminho encontrado pela prefeitura para desenvolver o mercado digital. O programa oferece cursos, oficinas, eventos e formações para jovens de 15 a 29 anos, preparando-os para novas conexões e possibilidades.
E essa preparação começa bem cedo. Segundo a Secretaria Municipal da Educação (SME), o JD 9º ano contempla atualmente 7.639 estudantes. A iniciativa compõe o Programa Aprender Mais, que proporciona uma ampliação na jornada escolar diária de 4 horas para, no mínimo, 7 horas, para os alunos do 1° ao 9° ano. O conteúdo contempla reforço de disciplinas escolares e formações voltadas à área de Tecnologia e Inovação.
Ianna Brandão, coordenadora do Juventude Digital, explica como o programa funciona e ressalta a oportunidade que existe no mercado de trabalho para jovens profissionais da área de Tecnologia e Inovação.
Ouça a seguir:
Para fortalecer as ações de profissionalização na área de inovação e tecnologia na rede municipal de ensino, em agosto de 2022, foi lançado o programa Tech Educa, possibilitando conectividade, equipamentos, materiais pedagógicos e formação, além de incentivo à pesquisa.
Entre as iniciativas do programa, estão a implantação de 250 Salas de Inovação Educacional, que proporcionam o acesso às novidades tecnológicas por meio de um ambiente agradável e acolhedor com novos equipamentos, como chromebooks. As salas são espaços de aprendizagem cujo objetivo é proporcionar o desenvolvimento de práticas educacionais com o uso de tecnologias digitais e metodologias ativas visando potencializar a integração dos componentes curriculares.
Outra ação nesse sentido é o repasse de aporte financeiro para a instalação de internet de qualidade nas unidades escolares. Para o Escola Conectada foram destinados R$ 3 milhões, no mês de agosto deste ano. Ainda pelo programa, cerca de 60 mil alunos, do 3° ao 5° ano do Ensino Fundamental, serão beneficiados com a inclusão da linguagem de programação e robótica educacional no currículo escolar. Para isso, as unidades escolares receberão materiais didáticos, a partir deste mês, e os professores serão contemplados com formação.
O pacote de ações voltadas à inovação, ciência e tecnologia prevê também a implantação de 200 salas de cultura maker. Intitulada Fábrica de Ideias, a iniciativa beneficiará 190 mil alunos do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), com investimento de R$ 20 milhões. As salas de cultura maker são espaços que proporcionam aos alunos a oportunidade de colocar em prática ideias e criações inovadoras.
Balanço de ações desenvolvidas ainda na pandemia
Ainda em 2020, com a adoção do ensino remoto por conta do enfrentamento à pandemia, Fortaleza entregou cerca de 242 mil chips, com recarga mensal de 20 GB, com pacote de dados para todos os estudantes matriculados na rede de ensino e para os profissionais envolvidos nas ações de ensino e combate à evasão escolar.
Também foram adquiridos 50 mil tablets que foram distribuídos aos estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e da última etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA), assim como todos os alunos com deficiência e os estudantes atendidos nas Casas de Acolhimento, matriculados na rede municipal, independentemente da série.
Já para os profissionais que atuam no processo pedagógico foram distribuídos, em 2021, 12.033 chromebooks. Para a aquisição dos aparelhos tecnológicos, o Fortaleza investiu mais de R$ 24 milhões. Atualmente, o município está em processo de adquirir outros 86 mil tablets, com a perspectiva de beneficiar as demais séries do Ensino Fundamental no ano letivo de 2023. O investimento ultrapassa os R$ 56 milhões.
A tecnologia aliada à mobilidade
Uma parada na Parada Segura
Em um fim de tarde de uma quinta-feira, entre 17h e 18h, fui conferir de perto um dos pontos do Parada Segura, na Avenida 13 de maio, ao lado de um shopping no bairro Benfica, o segundo local inaugurado pela Prefeitura de Fortaleza neste ano. Logo de início, percebi a diferença dos outros pontos de ônibus comuns espalhados pelas ruas da cidade. No movimento frenético de veículos e transeuntes, uma placa de cor verde me chama a atenção.
“Sorria, você está sendo filmado”, dizia o informativo. A mensagem, exposta em um local de fácil visualização, também surpreendeu o arquiteto Thiago Almeida, de 30 anos, que esperava o ônibus, como de costume, para cumprir o trajeto trabalho/casa. O jovem comentou a iniciativa enquanto esperava um dos ônibus da linha 755, 088 ou 855 para chegar até a Avenida Bezerra de Menezes.
Em um bate-papo de pouco mais de quatro minutos, Thiago observa o ambiente com semblante de surpresa. “Pego ônibus todos os dias aqui e ainda não tinha percebido (a placa), por exemplo. Observei que esse local é diferente dos outros (pontos) pelo que tem por aqui, né?”, analisou o arquiteto, que aguardava ansiosamente o ônibus.
Com um olho vidrado no celular e o outro no horizonte, contando com a sorte do ônibus passar naquele instante, Thiago avista o videomonitoramento, parte integrante do Parada Segura.
“Achei louvável o projeto, isso tudo que tem aqui. O monitoramento ajuda muito na questão da segurança. Dá para se sentir mais seguro”, apontou o jovem para a câmera de segurança instalada a cerca de 10 metros da parada. Dali, o jovem arquiteto observa a tecnologia fazer “diferença” no seu dia a dia.
Um banquinho para sentar é “bom”
Com um olhar marcante, a professora Valneide Félix, de 60 anos, aguardava sentada um transporte para levá-la ao “terceiro expediente de trabalho”, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. A educadora escolheu o ponto de ônibus por já conhecer o espaço.
“Aqui se a gente quiser usar a internet e pegar um carro por aplicativo, aí você já utiliza a internet daqui. Aqui é muito melhor porque muitas vezes a gente nem tem, né? Ah, sim, outra questão é o conforto, o espaço. Um banco é essencial, pois tem muitos idosos aguardam o ônibus aqui um tempão. E para a gente ficar em pé esperando é ruim, né? Ter um banquinho para sentar, um teto de proteção para sol e chuva para quando está chovendo é muito importante”, reconhece a professora.
Sentada ao meu lado, a educadora, que marca presença ali de segunda a sexta-feira, explica porque optou por aquele ponto de ônibus. A seleção foi estratégica. “Aqui me sinto segura. Ali onde eu pegava, em frente à Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), não me dava muita segurança e nem tinha estrutura. Aqui é bem melhor e eu venho para cá”, conta a professora de sorriso fácil.
Ponto de conexão
Faltando cinco minutos para às 18h, puxo converso com o estudante de Artes Visuais do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Carlos Adrian, de 21 anos, morador do bairro Rodolfo Téofilo. O jovem, que estava a caminho de um shopping na Avenida Bezerra de Menezes, revelou já ter usado algumas vezes o ponto de Wi-Fi disponibilizado no Parada Segura para acessar o aplicativo Meu Ônibus, que monitora as viagens dos ônibus de Fortaleza.
“Todo esse ambiente dá mais segurança, garante uma proteção melhor por conta da iluminação da parada e acredito que dá mais uma sensação de uma ‘parada segura'”, brincou o estudante sobre o nome do projeto da Prefeitura de Fortaleza. “Aqui transmite mais segurança, com certeza”, ressaltou o jovem. Atualmente, a capital cearense soma mais de 60 pontos de Wi-Fi.
A perspectiva, de acordo com a gestão municipal, é de expandir o projeto Parada Segura.
“Com a finalização da fase de pilotos, foram realizadas pesquisas para mensurar os impactos do projeto na percepção do conforto e segurança dos usuários de transporte público da Capital. Os estudos realizados estiveram baseados na metodologia de pesquisa Qualiônibus, que já é uma metodologia utilizada pela Prefeitura de Fortaleza. Foi possível verificar por meio dos estudos, um aumento significativo em diversos atributos avaliados. Vale destacar o aumento no conforto nos pontos de ônibus na parte relativa à informação ao cliente e no estado de conservação da parada, assim como também na temática de segurança pública, destaca-se o aumento da percepção da segurança com relação ao assédio físico/moral e a segurança geral do ponto de ônibus”, contextualizou Marisa Leitão, coordenadora do Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor).
De olho na câmera
Garantir segurança às pessoas que trafegam pelas ruas da capital cearense é uma dos objetivos defendidos pelo programa Parada Segura. E a proposta tem tido efeito, conforme pesquisa de satisfação que apontou amplo crescimento nas sensações de segurança e conforto nos pontos de ônibus atendidos pelo programa.
Realizada pela World Resources Institute (WRI) em outubro deste ano, os dados gerais da análise indicam que 47% dos entrevistados se sentiam seguros nesses locais, aumento de 30% em relação aos 17% da pesquisa anterior. No quesito conforto, 59% avaliaram positivamente as estruturas. O levantamento foi feito com 541 pessoas e realizado em dias úteis durante três horários de pico: das 6h30 às 10h29; das 10h30 às 16h29; e das 16h30 às 19h30.
“O projeto Parada Segura visa melhorar a percepção de segurança nos pontos de ônibus e gerar mais conforto para os usuários do transporte público por meio de intervenções físicas e tecnológicas que possuem um caráter que é de rápida implantação e com resultados imediatos. Os pontos escolhidos para a fase piloto estão situados em vias arteriais da cidade que concentram grande fluxo de veículos e atendem a uma quantidade maior de linhas de ônibus. Isso é o que provoca uma alta demanda pelo transporte público nesses pontos. Além disso, as paradas selecionadas possuem uma maior incidência de crimes em seu entorno e problemas de pavimentação, com iluminação ruim e com outros fatores que faziam com que a insegurança e o desconforto dos usuários aumentassem”, explica Marisa Leitão.
Fotorreportagem Parada Segura
Saiba mais sobre o projeto
O primeiro ponto de ônibus com o modelo Parada Segura foi inaugurado em fevereiro deste ano, na Avenida 13 de Maio, no bairro de Fátima. Atualmente, as duas paradas em funcionamento atendem cerca de 20 linhas de transporte coletivo, apresentando em média uma demanda de quase dois mil usuários por dia. Os outros dois, na avenida Frei Cirilo, em Messejana, estão em fase de conclusão, de acordo com a gestão municipal.
A iniciativa, fruto de uma parceria com o Instituto Sueco e coordenado pela Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), prevê, até o final da gestão do prefeito José Sarto, em 2024, “a construção de 200 pontos de ônibus com videomonitoramento, Wi-Fi, melhoria na iluminação, acessibilidade e ações de segurança cidadã para garantir maior segurança aos usuários de transporte público”.
O projeto é executado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), pela Secretaria da Gestão Regional (Seger), pela Secretaria de Infraestrutura (Seinf), pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e pela Secretaria da Segurança Cidadã (Sesec).
Economia e Inovação na cidade
Para o consultor empresarial e mestre em administração, Márcio Sousa, o conceito de desenvolvimento econômico se trata, em resumo, de uma mudança positiva em uma economia. O especialista explica que esse cenário pode ser observado em indicadores como a capacidade de consumo da população, geração de emprego, renda, qualidade de vida e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
“Políticas públicas voltadas para inovação podem contribuir muito no desenvolvimento econômico. A partir do momento que temos ações do poder público que incentivam a inovação de novos modelos de negócios e novas tecnologias, a gente consegue desenvolver e facilitar o empreendedorismo, atrair investimento e, por consequência, também gerar mais empregos e poder de consumo para população”, detalhou o especialista.
O Ponto do Entregador, um dos projetos do Labifor, contribui para a mudança na qualidade de vida dos profissionais dessa categoria. O programa está diretamente envolvido com o desenvolvimento econômico de Fortaleza, pois contribui na diminuição da desigualdade social na Capital. O projeto conta com locais distribuídos na cidade com estrutura de apoio aos entregadores por aplicativo.
Conforme a Citinova, o escopo do projeto consiste em dois pontos de apoio numa área de grande concentração de restaurantes e um ponto central nas proximidades dos estabelecimentos. O ponto de apoio conta com estrutura como bancos, rede de Wi-Fi, tomadas para carregar os celulares e vagas para as motocicletas e bicicletas. Enquanto o ponto central, além dessa estrutura, contém também banheiro e uma copa.
Para definir as localidades exatas de implantação dos pontos da fase piloto, foi realizada uma investigação dos possíveis espaços, considerando a quantidade de acidentes do entorno, infraestrutura de calçadas, rede elétrica e caixa viária disponível para o estacionamento, conforme a Prefeitura de Fortaleza.
Entenda como funciona
O primeiro Ponto do Entregador foi inaugurado em agosto de 2021, no bairro Varjota, no cruzamento entre as ruas Coronel Jucá e República do Líbano. Atualmente, a capital cearense conta com três locais do projeto. O segundo fica localizado na rua Professor Dias da Rocha, entre as ruas Canuto de Aguiar e República do Líbano.
Já o terceiro fica no bairro Meireles, na praça Matias Beck, entre as avenidas Antônio Justa, Abolição e Desembargador Moreira. Este último é uma parceria com Ifood, uma empresa brasileira atuante no ramo de entrega de refeições.
Os locais se tornaram paradas obrigatórias para muitos entregadores que utilizam o serviço diariamente. Seja para a espera de uma chamada para entrega, para um descanso na jornada de trabalho ou para utilizar a energia e os serviços de Wi-Fi, os quais são ofertados gratuitamente.
Com esse projeto, a Citinova também colhe dados sobre essa categoria de profissionais com o intuito de planejar e criar políticas públicas que os atendam.
Outras ações com foco na economia
O Re-ciclo, por exemplo, é voltado para catadores de material reciclável. Esse programa gera impacto positivo na sustentabilidade da cidade, com a destinação adequada do lixo, além de contribuir na geração de emprego e na autonomia financeira de famílias de baixa renda.
Os profissionais são remunerados para fazer a coleta dos resíduos recicláveis nas residências, por meio do uso do triciclo elétrico. Além disso, a renda financeira produzida a partir do material recolhido fica integralmente com o catador.
Fortaleza e seu futuro inovador
A realidade de Fortaleza como referência em Tecnologia e Inovação também foi tema de uma série especial da Rádio Jovem Pan News Fortaleza (FM 96.9).
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