Em depoimento na CPI da Covid nesta quarta-feira (2) a médica infectologista Luana Araújo referiu-se ao debate sobre o tratamento precoce como “se estivéssemos discutindo de que borda da terra plana vamos pular”. Durante as suas falas a profissional se colocou definitivamente contra o uso de medicamentos sem comprovação científica no tratamento da covid.
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Luana Araújo foi anunciada para exercer a função de secretária do Enfrentamento à Covid no Ministério da Saúde, já sob a gestão de Marcelo Queiroga. Porém, dez dias depois deste anúncio, o Governo Federal informou que ela não faria mais parte da equipe, sem explicitar os motivos. Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo mostrou que a médica era contra o tratamento precoce contra a covid, o que vai de encontro ao que defende o presidente Bolsonaro.
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Durante este depoimento na CPI da Covid, a opinião contrária da Dra. Luana Araújo em relação a este tema ficou ainda mais evidente. Em sua fala, ela destacou:
“Todos somos a favor de uma terapia precoce que exista. Quando ela não existe, não pode se tornar política de saúde pública. É uma discussão delirante, anacrônica e contraproducente. Estamos na vanguarda da estupidez. É como se estivéssemos decidindo de que borda da Terra plana vamos pular”, criticou a médica.
Segundo ela, ao invés de tratamento precoce, o ideal para o combate à pandemia de covid-19 seria a “abordagem precoce”, ou seja, o acesso imediato ao diagnóstico da doença.
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Acompanhe o depoimento da médica Luana Araújo na CPI da Covid:
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