Condição é uma das principais causas para cirrose, câncer de fígado e óbito por doenças cardiovasculares
Cerca de 25% da população tem gordura no fígado, aponta pesquisa
Cerca de um quarto da população mundial, o equivalente a 25%, possui esteatose hepática não alcóolica, conhecida como gordura no fígado, conforme estudo publicado recentemente pela revista britânica Nature. A condição é uma das principais causas para cirrose, câncer de fígado e óbito por doenças cardiovasculares.
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Segundo o artigo, a América do Sul e o Oriente Médio lideram o ranking das regiões com populações mais impactadas pela esteatose hepática, com cerca de 30% e 32%, respectivamente, de todos os casos no mundo. Sobrepeso, sedentarismo, má alimentação (ingestão excessiva de produtos hipercalóricos e ultraprocessados) são algumas causas para a formação gordura no fígado.
Uma pesquisa encomendada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG) ao Datafolha, em setembro deste ano, indica que 86% dos brasileiros concordam que a gordura no fígado é uma das principais causas para câncer de fígado e 73% concordam que a esteatose é risco para doenças cardiovasculares (como infarto e AVC). No entanto, 56% dos entrevistados informaram não realizar exames para avaliação da saúde do seu fígado.
Cristiane Vilela Nogueira, médica integrante do IBRAFIG, explica como identificar se uma pessoa tem ou não gordura no fígado.
“A gordura no fígado é uma doença que não costuma apresentar sintomas. Então para você identificar se tem ou não esteatose hepática, na maioria das vezes as pessoas têm esse diagnóstico através de uma ultrassonografia do abdômen, que é um exame bastante disponível, acessível para a maioria da população, e em geral é o exame que faz o diagnóstico inicial da gordura no fígado”, afirmou.
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Projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de pessoas no mundo estejam acima do peso e 700 milhões com obesidade. Por outro lado, no Brasil, um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, estimava que 96 milhões de brasileiros estavam acima do peso.
A IBRAFIG alerta que pequenas mudanças de hábito podem gerar bons resultados no controle da esteatose. Segundo a médica Cristiane Vilela Nogueira, não há tratamento eficaz medicamentoso ou fitoterápico para eliminar a gordura do fígado.
“O que existe de mais importante e de mais efetivo neste momento, sem dúvida nenhuma, é a modificação do estilo de vida. Em relação à alimentação, é fundamental a pessoa diminuir a digestão de alimentos industrializados, ensacados, refrigerantes, sucos de caxinha, evitar industrializados como um todo e tudo o que for rico em carboidrato. Já em relação à atividade física, o importante é combater o sedentarismo. Sair da cadeira, sair do sofá, caminhar com regularidade”, complementou Cristiane Vilela Nogueira.
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