O cineasta Cacá Diegues, considerado um dos principais nomes do Cinema Novo, faleceu na madrugada desta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), que informou que a morte ocorreu em decorrência de complicações após um procedimento cirúrgico.

Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió, Alagoas, em 19 de maio de 1940, e mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família aos seis anos. Desde cedo, ele se envolveu com o cinema, fundando um cineclube enquanto estudava na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). Junto a cineastas como Glauber Rocha e Leon Hirszman, Cacá foi um dos fundadores do Cinema Novo, movimento que buscava retratar a realidade brasileira com uma abordagem crítica e inovadora, especialmente durante o período da ditadura militar.

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Ao longo de sua carreira, Cacá Diegues dirigiu mais de 20 longas-metragens aclamados, incluindo clássicos como “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Tieta do Agreste” (1996) e “Deus é Brasileiro” (2002). Seu trabalho foi reconhecido em diversos festivais nacionais e internacionais, e ele recebeu prêmios significativos ao longo de sua trajetória.

Além de cineasta, Diegues era um intelectual engajado. Em 2018, ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira anteriormente ocupada por Nelson Pereira dos Santos.

A morte de Cacá Diegues provocou manifestações de pesar nas redes sociais. O prefeito de Maceió, JHC (PL), lamentou a perda do cineasta, destacando seu legado no cinema brasileiro. “Maceió se despede de um de seus maiores filhos. Seu legado vive para sempre na tela e na história do cinema nacional”, escreveu ele.

Cacá deixa quatro filhos e era casado com a produtora Renata Almeida Magalhães desde 1981.

Com informações da Agência Brasil