O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), se reuniram nesta quarta-feira (2) no Palácio da Abolição e definiram a criação de um grupo de trabalho entre a Casa Civil do Estado e a Secretaria de Governo (Segov) do Município para elaborar parcerias entre as gestões. O foco será dado, principalmente, às áreas de saúde e segurança pública.

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Nos últimos meses, Sarto e Elmano protagonizaram diversos embates públicos sobre investimentos na capital cearense, o mais recente deles a respeito da revitalização da Ponte dos Ingleses. O prefeito se mostrou satisfeito com o encontro após as divergências: “Mais do que abertas, ele [Elmano] escancarou as portas”, comentou em entrevista coletiva.

Na ocasião, Sarto reafirmou que a obra da Ponte dos Ingleses será executada pela gestão municipal. “O que ficou definido é que a Prefeitura vai fazer. Pedi que ao invés da ponte, ele faça aquário”, afirmou.

Reunião entre Sarto e Elmano

Elmano de Freitas iniciou nesta quarta-feira (2) uma série de reuniões com os prefeitos das cidades da Região Metropolitana de Fortaleza. Ao longo do mês, o gestor quer receber a maioria dos gestores municipais.

Relação estremecida

No fim de abril, Sarto fez cobranças públicas e disse que aguardava disponibilidade de agenda para se reunir com Elmano. Durante entrevista, o governador disse que não recebeu pedido oficial de reunião e sinalizou que o encontro poderia acontecer.

No entanto, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Fortaleza informou sobre o histórico de contatos pessoais e oficiais do prefeito José Sarto com o governador Elmano de Freitas, nos quais foram solicitadas reuniões para tratar das parceiras entre Estado e Município.

No último dia 16 de maio, prefeito e governador apareceram juntos no Palácio da Abolição, para a assinatura do contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para universalizar o esgotamento sanitário na capital e em outros seis municípios.

Antes disso, a troca de acusações entre Sarto e Elmano se intensificou, principalmente sobre as lotações nas unidades de saúde da capital cearense. À época, o prefeito chegou a afirmar que “todo mundo sabe que Fortaleza carrega a saúde do Ceará nas costas”. Elmano, por outro lado, declarou que o aumento da demanda em hospitais estaduais ocorreu por uma “decisão da prefeitura de fechar serviços de saúde”.

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